Intervenções Temporárias no Rio de Janeiro

Intervenções – O doméstico no espaço público: a casa é a cidade – nova edição

08 de julho de 2016

De 28/06 a 07/07, participamos novamente na pós- graduação em Design de Interiores do IED Rio, orientando o módulo: Intervenções – O doméstico no espaço público: a casa é a cidade.

Adriana Sansão abriu o curso com a palestra: O doméstico no espaço público. Na aula seguinte, Joy Till abordou o tema: Espaços físicos + virtuais, enquanto Bitiz Aflalo trouxe sua experiência profissional e acadêmica ao discutir o design de elementos urbanos em: Projetando ambientes no espaço da cidade.

Como nas edições anteriores, convidamos os alunos a conceituar ações voltadas à valorização dos espaços vizinhos, no bairro da Urca. Quatro interessantes propostas foram desenvolvidas, um pouco delas a seguir 🙂

O primeiro grupo trabalhou com a fachada oposta do IED, batizaram de Não abandone sua história. Fizeram entrevistas com os frequentadores do espaço e propuseram uma intervenção temporária composta por um grande tapete vermelho, com sensores por baixo que disparam neons subindo a fachada, em torno de detalhes arquitetônicos, de acordo com a passada do pedestre. Desta maneira, provocando as pessoas a atravessarem a rua e observarem a riqueza da fachada. Sugeriram que esta ideia poderia ser aplicada em outros imóveis históricos da cidade.

Já o segundo, propôs a Dots: um ponto, um poema, na área do ponto da van. A preocupação em tornar um espaço convidativo e acessível levou as participantes do grupo a pensar no Instituto Benjamin Constant, instituição vizinha que atende aos cegos e pessoas com visibilidade prejudicada. Pensaram em criar ali uma área de exposição com piso acessível e painéis em braile e em português.

O texto escrito é pintado com uma tinta com muito pouco contraste que permite ver de dia, mas não à noite, enquanto o em braile é tateável nas protuberâncias das lâmpadas de led, instaladas em orifícios nos painéis de compensado. E, à noite, o escrito em braile é iluminado pelos leds coloridos. Para os não cegos, há um alfabeto onde eles podem aprender a ler o poema.

Complementando a sugestão, o IED participaria oferecendo sua van para trazer os não videntes para conhecer e usufruir de um lugar acessível onde eles fossem os “privilegiados”.

Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia

As alunas do terceiro grupo olharam para os pontos de ônibus da Urca, observando que são quase invisíveis, com apenas uma placa pequenina sinalizando. O Novo ponto de ônibus Praia da Urca foi baseado naquele bem próximo ao IED, marcado por duas belas árvores. A ideia foi uma grande cobertura em bambu fininho em todo o espaço entre as duas árvores, para proteção do vento e da chuva.

Além disso, uma superfície também de bambu sobe a mureta desce um pouco e forma um generoso deck sobre a água. Como os ônibus demoram muito, o conforto e proteção seriam muito bem vindos.

Adriana e Gabriela
Adriana e Gabriela
Adriana e Gabriela
Adriana e Gabriela

Fechando, a quarta equipe apresentou o Ora Bolas na pracinha da rosa dos ventos, próximo ao quadrado com os barcos. A ideia foi dar mais vida ao lugar, uma pracinha simpática, mas pouco utilizada. Observaram que por toda a volta da mureta as pessoas se sentam, namoram, tomam um chopp… mas que ali não. A instalação temporária através  da “extrusão” da rosa dos ventos cria um banco em torno, de acrílico ou similar.

No fundo do banco existem bolinhas coloridas – como naquelas piscinas de crianças – com uma rede por cima, para que as bolinhas não se percam. O material da extrusão é composto de uma espuma rígida, para que as pessoas não se machuquem ao se divertir na piscina, e serviriam pra apoio de bebida, ou mesmo para sentar mais alto. Sugeriram uma parceria com um dos bares próximos para servir lá.

Adhora, Clara e Thamyres
Adhora, Clara e Thamyres
Adhora, Clara e Thamyres
Adhora, Clara e Thamyres
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