Coautoria Urbana: A funcionária, o produtor e o camelô

Publicação: Dissertação Mestrado em Urbanismo PROURB-FAU/UFRJ

Autor: Gabrielle Rocha

Em meio a formação de cidades excludentes, geralmente a partir de homogeneização e da elitização urbana, em detrimento da diversidade, esta pesquisa investiga a coautoria urbana, ou seja, sobre como novas cidades são construídas a partir de uma reação a um urbanismo imposto, muitas vezes pelo capital. Para entender a coautoria, são trabalhados os conceitos corpo e cidade-imagem, urbanismo de base e urbanismo de topo que, quando articulados, entram em conflito, gerando as novas cidades. Como ferramenta para o entendimento sobre os coautores urbanos, camadas gerais (contendo diversos atores que não necessariamente se limitam a uma delas, podendo circular entre elas dependendo do momento) são utilizadas e desenvolvidas, sendo elas definidas conforme as formas de apropriação e (re)construção da cidade: os cidadãos formais, os cidadãos marginalizados e os ativistas urbanos. São, então, entendidas as micropolíticas, territorialidades, subjetividades e papéis que envolvem as relações entre estas camadas, levando, então, ao estudo geral de alguns atores pertencentes à elas. Como forma de aproximação entre a teoria e a realidade da cidade do Rio de Janeiro, são estudados e desenvolvidos três pontos de vida/ formas de apropriação e construção de novas cidades de três personagens reais pertencentes, de alguma forma, à região portuária de Rio de Janeiro: o produtor, a funcionária e o camelô. Por fim, a pesquisa levanta a necessidade da troca e da aproximação entre os que detém algum poder ou conhecimento técnico e os cidadãos – usuários reais da cidade, levando à uma aceitação e absorção dessa coautoria nas formas de se pensar o urbano.

Link: http://objdig.ufrj.br/21/teses/883078.pdf

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