Após o LabIT PROURB conquistar a uma Mención Especial no Ideatón “Volver a la Calle”, concurso com o objetivo de selecionar propostas de soluções inovadoras para o enfrentamento da Covid-19 na América Latina e Caribe, promovido pelo BID Ciudades e Ciudades Comunes, vários desdobramentos oriundos da visibilidade do prêmio ocorreram.
No dia 22 de outubro de 2020, o laboratório foi convidado a participar de uma mesa redonda, junto com outros 3 ganhadores de menções especiais, para debater e expor os projetos.
Mais um desdobramento do concurso Ideatón “Volver a la Calle”!
Posteriormente, o LabIT PROURB foi convidado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para participar de um encontro virtual no dia 24 de fevereiro. O tema do webinar foi: Inovações em Espaços Públicos para a Reabertura das Cidades. O encontro teve como objetivo promover um debate sobre como planejar a volta às ruas e reativar espaços públicos urbanos de modo seguro pós-pandemia. Para isso, os vencedores e finalistas brasileiros do concurso “Ideaton: Volver a la calle” foram chamados para apresentar seus projetos e debater sobre questões pertinentes.
Além de receber Mención Especial no concurso Ideatón “Volver a la Calle”, a proposta “Adaptação de espaços públicos à pandemia de Covid-19: Curso de formação de agentes locais multiplicadores” foi publicada em uma plataforma criada especialmente para o compartilhamento das 100 melhores ideias apresentadas.
De 28 de outubro a 01 de novembro de 2020 aconteceu o 14° Congresso Internacional da Rede Unida, onde, em uma roda de conversa junto com mais 19 trabalhos, foi debatido e exposto o trabalho realizado entre o LabIT-PROURB e o coletivo Arte na Veia, a intervenção (Re)pare. Tal intervenção foi realizada em conjunto entre alunos e professores de áreas distintas, contou com diversas etapas de preparação e teve a ação física materializada no dia 23 de novembro de 2019 no Hospital Universitário da UFRJ. Para mais informações, acessar o post sobre a intervenção: (http://intervencoestemporarias.com.br/en_US/intervencao-repare-pos-ocupacao/).
A roda de conversas sobre o projeto foi uns dos eventos onde a intervenção foi discutida e ampliada para diferentes nichos, ressaltando-se a importância da troca entre diferentes cursos dentro do ambiente acadêmico e também do poder transformador que uma intervenção pode proporcionar a um espaço.
A intervenção conjunta também foi apresentada na forma de pôster no 58° Congresso Brasileiro de Educação Médica, realizado de 12 a 18 de outubro de 2020.
Nessa semana, no 4° Congresso Acadêmico Medicina UFRJ, a intervenção também será apresentada de forma oral.
Antes dessas exposições públicas sobre a intervenção (Re)pare, em junho, o coletivo Arte na Veia publicou um artigo que relata as experiências obtidas pelos alunos de medicina em contato com a arte antes e durante o isolamento social, que pode ser acessado aqui: http://www.diversitates.uff.br/index.php/1diversitates-uff1/article/view/332/0
Nesta semana, no dia 13 de outubro de 2020, o LabIT-PROURB foi citado em uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo.
O texto trata da mobilidade urbana dentro do contexto da pandemia de Covid-19 e apresenta o Urbanismo Tático como possível solução para os desafios de se locomover como pedestre dentro das grandes cidades, especialmente no contexto da pandemia, em que a preferência por andar a pé aumentou significativamente, chamando atenção para a necessidade de se repensar e adequar o espaço público ao “novo normal”.
“Uma solução é pensar em alternativas temporárias para áreas com grande fluxo de pessoas. Essa é uma das propostas do LabIT”, comentam Bruna Vilar e Rodrigo Salgado.
Para a matéria completa acesse: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/10/preferencia-por-andar-a-pe-subiu-de-9-para-23-na-pandemia.shtml
Com muita alegria recebemos a notícia de que ganhamos uma Mención Especial no Ideatón “Volver a la Calle”, concurso com o objetivo de selecionar propostas de soluções inovadoras para o enfrentamento da Covid-19 na América Latina e Caribe, promovido pelo BID Ciudades e Ciudades Comunes.
A proposta “Adaptação de espaços públicos à pandemia de Covid-19: Curso de formação de agentes locais multiplicadores” concorreu entre 485 propostas de vários países. Ficamos muito felizes com o reconhecimento, e animados para começar a colocar essa proposta em prática!
Equipe LabIT-PROURB: Adriana Sansão Fontes, Rodrigo Rinaldi de Mattos, Maini de Oliveira Perpétuo, Fernanda Schwarc Mary, Inês Domingues, Desirèe Vacques, Giovanna Scalfone, Jefferson Teixeira e Mariana Caetano. Consultores: Alexandre Baxter, Cláudia Grangeiro da Silva Castro, José Tomaz Ribeiro, Marina Maria Baltazar de Carvalho e Mauro Cesar de Freitas Ferreira.
Para saber mais informações sobre os premiados e mencionados, acesse:
Este média-metragem independente/não-comercial foi um dos produtos da dissertação de mestrado “Coautoria Urbana: a funcionária, o produtor e o camelô” (PROURB-FAU/UFRJ), de Gaby Rocha, pesquisadora do LabIT. O filme foi fruto das entrevistas e da imersão nos cotidianos dos atores estudados, além de ferramenta para desenvolvimento teórico da pesquisa.
SINOPSE: Coautoria Urbana investiga sobre como novas cidades são construídas a partir de ações promovidas por cidadãos. Estas ações, previamente pensadas ou cotidianas, são mostradas a partir da ótica e do dia a dia de três pessoas/coautores pertencentes de alguma forma à região portuária de Rio de Janeiro: David, o produtor cultural; Jéssica, a funcionária; Ademar, o camelô. David produzia desde 2015 a festa Acarajazz, mesclando moradores da região, expositores antes marginalizados e expositores gourmet. Jéssica iniciou seu trabalho no escritório na época das Olimpíadas de 2016, tendo conhecido a região já modificada após as obras. Ademar, camelô desde que chegou à cidade no final da década de 70, teve seu comércio removido da região próximo aos jogos olímpicos, buscando maneiras de permanecer ali.
Ficha Técnica:
Direção e Produção: Gaby Rocha
Fotografia: Daniel Diaz, Gaby Rocha e Jon Pires
Montagem: Daniel Diaz
Trilha sonora: Jon Pires (composição) e Vandré Nascimento (mixagem e produção). Gravada no Estúdio Nosso (Lata Doida)
Mixagem de som: Filipe Molina
Legenda: Ana Luiza Albuquerque
Entrevistados: Ademar da Silva, David Coelho e Jéssica Brasil
Como já divulgado, assim que a pandemia do COVID-19 passar, o LabIT–PROURB realizará uma intervenção de Urbanismo Tático na Rua General Gois Monteiro, em Botafogo. Como parte da preparação para a fase temporária da ação, no dia 4 de Março de 2020 a equipe do laboratório realizou um ensaio da intervenção no estacionamento da FAU-UFRJ.
Esse ensaio teve como objetivo testar a dinâmica a ser empregada no dia da ação em Botafogo, estudando as dimensões e soluções propostas no projeto em tamanho real, a formação das equipes e o tempo necessário para realização das atividades propostas. Como resultado, alinhamos de forma mais eficiente os procedimentos a serem adotados no dia da ação e suas demandas.
Em abril de 2020 a Veja Rio publicou uma matéria apresentando o Urbanismo Tático e algumas intervenções realizadas ou com a participação do LabIT-PROURB na cidade do Rio de Janeiro.
A matéria “Urbanismo tático: uma nova maneira de enxergar as ruas do Rio” fala do UT de maneira otimista, como estratégia para a melhoria do ambiente urbano de forma rápida, barata e inclusiva.
“Cirurgia com esquadros. O Rio passa a ser palco do urbanismo tático, um jeito rápido e barato de testar soluções para equacionar gargalos pontuais das grandes cidades. É mais do que bem-vindo – e até você, leitor, pode ter ideias”, comenta Saulo Pereira Guimarães.
No dia 13 de janeiro de 2020 aconteceu a segunda reunião aberta para a comunidade a respeito da intervenção Cadê a calçada, General?, que será a primeira ação de urbanismo tático de grande porte realizada pela sociedade civil no Rio de Janeiro. A intervenção acontecerá no bairro de Botafogo.
A reunião, que contou com a participação de moradores, técnicos da Prefeitura, estudantes e do LabIT-PROURB, foi iniciada com a apresentação do caderno Calçadas Cariocas, que é um manual técnico sobre parâmetros para a adequada elaboração de calçadas e ruas. Também foram exibidos exemplos de ruas que sofreram reformas com o objetivo de melhorar a qualidade urbana para os pedestres.
Aberta as falas para os participantes da reunião, comentou-se a respeito do parecer técnico de segurança viária elaborado pela WRI-Brasil, que sugeriu a alteração das vagas a 45 º por vagas ao longo, nos dois lados da rua, a fim de diminuir os riscos de acidentes de trânsito. Os participantes ratificaram o parecer da WRI, mas indicaram o interesse por manter as vagas somente do lado esquerdo, visto que seria interessante usar o espaço que seria destinado para as vagas para aumentar a largura do passeio.
Por fim, levantou-se ainda a possibilidade de se estabelecer parcerias com empresas e empreendimentos do entorno, a fim de obter doações para a realização da fase temporária da intervenção, que está programada para acontecer no final de março. Caso você seja um comerciante da área ou interessado em ajudar, entre em contato conosco! A cidade agradece!
No dia 23 de novembro, ocorreu a montagem da intervenção (Re)pare, produzida pelo LabIT-PROURB em parceria com o Arte na Veia, grupo de alunas e professoras da Faculdade de Medicina da UFRJ. As equipes se reuniram com giz, adesivos, tinta e, aos poucos, as escadarias foram ganhando as frases do livro “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago. As palavras foram dispostas em perspectiva, de modo que, apenas do ponto de fuga adequado era possível visualizar as palavras com nitidez, ou no Sistema Braille não-táctil, para que passantes exercitem a empatia ao não serem capazes de decifrar seu código em uma primeira análise.
Funcionários e alunos que chegaram na segunda-feira, primeiro dia útil de funcionamento do hospital com a intervenção, foram surpreendidos ao se depararem com palavras fracionadas a partir do primeiro lance de degraus. À medida que desciam as escadas, percebiam outras letras distorcidas e dispostas em locais inesperados. Somente ao chegarem ao último degrau, quando se viravam, é que reparavam que o texto integral era percebido dali. A partir disso, começaram os sustos, as fotos, a vontade de mostrar aos colegas, e muito da intervenção tem sido falado pelos corredores do hospital. No Instagram, mais de 40 publicações foram feitas na primeira semana de intervenção com a marcação da localização do hospital.
Quatro frases do livro ocupam os patamares entre o subsolo e terceiro andar. Quem optava por subir ou descer nesse trecho, parava a todo instante para encontrar qual o ponto de fuga de cada uma. Já quem percebia os sutis pontos do Braille até passava a mão por cima tentando afirmar que não eram tácteis.
Nesse sobe e desce, alguns dos comentários de autoria anônima podem ser destacados, como: “projeto sensacional, cativante quanto ao seu sentido essencial e quanto à forma bela e original! De enorme valor pelo espaço onde se dá e alcance que terá! Parabéns! Um alento nestes tempos de cegueira sem poesia.”; “Que maravilha ver algo novo e tão belo posto nas paredes do MEU hospital que tanto amo! Parabéns aos professores de todas as instituições que participam do projeto!”; “HU também é poesia”.
A intervenção tem duração indeterminada e está aberta a todos que frequentam o hospital do Fundão. (Re)pare!
Para cuidar de pessoas e não apenas de suas doenças, é preciso conhecê-las, entendê-las. As condições de urgência do cotidiano hospitalar podem ocasionar que detalhes importantes sobre quem está sendo assistido sejam perdidos. Não basta ver, deve-se reparar o outro.
(RE)PARE desperta a sensibilidade e o engajamento pessoal na humanização do cuidar ao trazer frases do livro “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago, dispostas como quebra-cabeças, que só podem ser lidos do ponto de fuga adequado ou quando decifrados os códigos do Sistema Braille. Espera-se que o observador seja cauteloso para entender o texto, bem como ao compreender as pessoas. A ação é resultado da parceria do grupo Arte na Veia, composto por alunas e professoras da Faculdade de Medicina, com o Laboratório de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático, do Programa de Pós Graduação em Urbanismo, ambos da UFRJ, e estará aberta a partir de 25 de novembro deste ano.
Data: 25/11/2019 Endereço: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – escada Bloco E Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco, 225 – Ilha do Fundão, Rio de Janeiro – RJ
Professores: Adriana Sansão Rodrigo Rinaldi
Equipe: Brendha Leandro Bruno Lima Carolina Tavares Desirée Vacques Djuanne Esmael Fernada Schwarc Gabriel Pedrotti Giovanna Scalfone Jefferson Teixeira João Pedro Pina Larissa Martins Sergí Arbusá
Agradecimentos: Laboratório de Neuroanatomia Celular Laboratório de Morfogênese Celular ICB – UFRJ em especial Carla Moreira e Fábio Jorge
Esta é a versão mais atual da proposta de intervenção temporária para a rua General Góes Monteiro, em Botafogo. Foi elaborada a partir das idéias debatidas na oficina “Cadê a Calçada, General?”, realizada na escola municipal João Saldanha em Julho deste ano. Depois de verificações em campo tais como contagens de automóveis e diversas reuniões com os técnicos da prefeitura, chegamos neste desenho. A boa novidade é a existência de um estudo de intervenção tradicional para a rua da Passagem, o qual já utilizamos como ponto de partida para a geometria do início da Góes Monteiro. Agora temos pela frente um trabalho de comunicação com a comunidade, aprovação nas instâncias que ainda faltam e levantamento dos recursos necessários para a implantação desta solução temporária.
O “1o Dia da Guerrilheira Urbana: mulher construindo cidade” aconteceu no dia 31 de agosto de 2019, um sábado ensolarado e cheio de subversões no centro do Rio de Janeiro. A aluna de arquitetura e urbanismo da FAU-UFRJ Cândida Zigoni, sob a orientação da professora Adriana Sansão, está desenvolvendo um caminho metodológico para análise urbana e ações projetuais segundo a perspectiva de gênero. A intervenção contou com o apoio das bolsistas do LabIT, assim como das #mulherescolaboradoras que se sensibilizaram e foram a campo para empoderar caminhos.
A guerrilha foi uma ação minimamente dirigida, onde cada mulher recebeu um dispositivo dotado de ferramentas em potencial para intervenções na cidade, uma bolsa; instrumento esse tão comum ao corpo da mulher. Alguns exemplos de como usar o material foram dados antes do trajeto da ação ser iniciado, mas as apropriações e a criatividade no uso das ferramentas foram livres.
As ferramentas escolhidas fazem parte de uma fase anterior da pesquisa, onde, também, por meio de um processo colaborativo, a aluna Cândida mapeou e analisou denúncias de mulheres durante os seus trajetos diários, atividade essa que foi chamada de #registroscotidianos. A análise gerou insumos para a categorização qualitativa da cidade segundo a perspectiva de gênero, sendo essas fundamentais na escolha dos materiais para compor o dispositivo de intervenção.
A proposta da ação de guerrilha é subverter a lógica hegemônica e naturalizada de viver a cidade e revelar o lugar de guerrilheira urbana a todas as mulheres que resistem em um espaço que não lhes é dado.
Aqui se busca um caminho que possibilite experimentações e que compreenda as potências das vivências das mulheres na cidade. A base do trabalho é o processo participativo, onde a interseccionalidade se compromete em apreender todas as formas de opressão às mulheres. Dessa maneira, a colaboração de mulheres voluntárias teve como intenção garantir que o espectro do observador seja ampliado e ainda mais profundo. (RIBEIRO, 2019, p 42)
O evento contou com 21 participantes, dentre eles uma mãe e um pai que decidiram colaborar também. O trajeto da ação teve início na Rua General Caldwell e terminou próximo ao Campo de Santana, centro do Rio de Janeiro, um caminho que após mapeamentos e análises se revelou como uma oportunidade de intervenção e empoderamento, uma vez que recebe muitos caminhares de mulheres em direção aos diversos equipamentos no entorno, mas ainda se mostra um espaço inseguro, de guerrilheiras urbanas.
No sábado, dia 10/08/2019, recebemos o PREMIO OCUPA TU CALLE de reconocimiento a las buenas prácticas en el espacio público, durante o fechamento do 3er. Encuentro Placemaking Latinoamérica Perú, em Lima.
Fomos premiados com o trabalho “A Rua Fala: acción multidisciplinaria de activación de un espacio subutilizado en Rio de Janeiro”, de autoria dos professores Adriana Sansão, James Miyamoto e Victor Andrade, do PROURB-FAU/UFRJ.
O trabalho apresentou uma experiência realizada na disciplina de Oficina de Projeto 1 do Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística, do PROURB, em 2018-2. A disciplina se voltou à realização de uma ação concreta no baixio do viaduto Paulo de Frontin e arredores, projetada e construída pelos próprios estudantes do mestrado.
O Encuentro Placemaking Latinoamérica Perú contou com a participação de profissionais de 16 países. Ficamos muito honrados com essa conquista, que é para o PROURB, para a UFRJ e para o Brasil!
No dia 06/07/2019 realizamos a primeira oficina preparatória para a intervenção ”Cadê a Calçada, General?”, ação voltada a ampliar as áreas para pedestres e ciclistas na rua General Góes Monteiro, em Botafogo. Trata-se da primeira ação de Urbanismo Tático de grande porte realizada pela sociedade civil no Rio de Janeiro.
A oficina contou com a presença de representantes da Associação de Moradores de Botafogo e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, moradores, estudantes, arquitetos e demais interessados na qualidade urbana desta rua, que se juntaram aos integrantes do LabIT-PROURB.
A atividade iniciou-se, na parte da manhã, com a apresentação dos conceitos de trabalho – Urbanismo Tático e Ruas Completas-, exposição da pesquisa realizada na rua, que envolveu contagens e medições, e da metodologia geral do trabalho, que culminará na intervenção temporária a ser realizada no fim de 2019. Após a apresentação, os participantes dividiram-se em grupos, onde puderam discutir sobre os problemas e possíveis soluções para a rua. Os resultados das discussões foram compartilhados, assim como alguns cenários prévios desenhados para a rua. Na parte da tarde, os participantes dividiram-se novamente em grupos e desenvolveram novas propostas de projeto urbano para a rua, que foram discutidos e consolidados em uma primeira ideia de intervenção. Finalmente, foi feita uma simulação na rua com a proposta síntese das ideias dos participantes.
A oficina aconteceu na Escola Municipal João Saldanha, em Botafogo. Aproveitamos para agradecer à equipe da escola e à superintendência da Zona Sul por terem viabilizado o local. Foi um dia intenso de troca de ideias! Agradecemos aos participantes pelas contribuições, e brevemente teremos mais novidades!
Convidamos vocês a participarem da intervenção que faremos na rua General Góis Monteiro, em Botafogo, que será a primeira ação de Urbanismo Tático de grande porte realizada pela sociedade civil no Rio de Janeiro.
Trata-se de projeto de pesquisa do Laboratório de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT), PROURB-FAU/UFRJ, em parceria com os moradores locais, associação de moradores de Botafogo e todos mais que por algum motivo se interessam pela qualidade urbana desta rua.
O Urbanismo Tático é uma abordagem emergente para construção e ativação de uma vizinhança usando intervenções e políticas de curto prazo e baixo custo, que permitam a imediata recuperação, redesenho ou programação do espaço público, visando futuras transformações.
Esta ação visa ampliar as áreas de pedestres, aumentar a segurança viária e reduzir estacionamentos na rua General Góis Monteiro, aumentando o espaço dedicado aos pedestres.
No momento estamos na etapa de concepção da intervenção, que está focada na criação coletiva e desenvolvimento das propostas de intervenção, que começará com uma oficina a ser realizada no sábado dia 6/7 com moradores e atores sociais interessados.
A inscrição para participar da oficina pode ser feita no seguinte link:
As intervenções cartografadas em nosso site são divididas em quatrotipologias. Cada qual possui uma cor correspondente, que aparece nos botões de seleção, nos pins do mapa e nos diagramas axonométricos presentes na galeria de cada intervenção.
Apropriações espontâneas:
São agrupadas nessa tipologia intervenções que têm como motivação principal a ocupação e ativação de espaços púbicos. Apresentam muitas vezes um caráter subversivo, acontecendo em lugares incomuns para aquele tipo de atividade. São ações que dialogam com os conceitos de flexibilidade e dinamismo, trazendo vitalidade e, muitas vezes, atribuindo identidade aos espaços que ocupam.
Por exemplo:
Cineminha no beco – Maré
Intervenções de arte pública:
São as intervenções dotadas de motivações artísticas, que buscam novas formas de interação com o usuário e de diálogo com o espaço público.Em meio aos usos cotidianos, apostam na ruptura por meio da surpresa, questionando os espaços e trazendo novos olhares para a cidade e seus detalhes.
Por exemplo:
Escadaria Grande Otelo
Festas locais:
São intervenções que acontecem com o propósito de celebração de datas ou pessoas, sendo muitas vezes exemplos de resistência e de reconquista do espaço público. Suas atuações revelam a versatilidade dos espaços e sua reversibilidade.Promovem a integração entre os usuários, fortalecendo a coesão social de vizinhanças.
Por exemplo:
Festa de São João em Quintino
Ações Táticas:
As ações táticas têm como objetivo a transformação física imediata por meio de ações ágeis, de curto prazo e baixo custo, visando testar o espaço para futuras transformações de caráter permanente. Costumam utilizar materiais baratos e de fácil acesso e ocorrer em etapas, mostrando para a população as possibilidades dos espaços.
Cada intervenção cadastrada em nosso mapa possui em sua galeria um diagrama axonométrico que ilustra suas oito características formativas.
Exemplo de diagrama axonométrico da intervenção de arte pública Ex.vazio
O diagrama é composto por três octógonos concêntricos cuja leitura se dá do centro para as extremidades. O ponto mais extremo significa uma maior intensidade da característica, o ponto médio, uma intensidade média, e o ponto central, uma baixa intensidade.
Em cada extremidade da figura geométrica consta a característica formativa da intervenção.
Pequena:
O termo se relaciona diretamente ao tamanho da intervenção. Quanto menor a intervenção, mais externo será o ponto no diagrama.
Transitória:
O termo se relaciona ao tempo de duração da intervenção. Quanto mais externo o ponto, mais transitória a intervenção, ou seja, menos tempo duração ela terá.
Particular:
O termo se relaciona com o quão particular ao contexto é a intervenção. Quanto mais externo for o ponto, mais específica ao contexto será a intervenção.
Subversiva:
O termo se relaciona à adequação da intervenção ao local onde é executada. Quanto mais inusitado o local em relação ao que é proposto na intervenção, mais subversiva ela será. Quanto mais subversiva, mais externo será o ponto no diagrama.
Interativa:
O termo se relaciona à interatividade que uma intervenção tem com o público. Quanto mais interativa for a ação, mais externo será o ponto no diagrama.
Ativa:
O termo se relaciona à ativação do espaço, resultante da realização de uma intervenção. Quanto mais a intervenção ativar o espaço, retirando-o de uma condição de passividade, mais externo será o ponto no diagrama.
Participativa:
O termo se relaciona à participação de diferentes níveis de entidades na idealização e realização da intervenção. Quanto mais atores estiverem engajados na intervenção, mais participativa ela será, sendo mais externo o ponto no diagrama.
Relacional:
O termo leva em consideração o quanto a intervenção coloca as pessoas em relação. Quanto mais relacional a intervenção, ou seja, quanto mais ela proponha a interação entre diferentes pessoas, mais externo será o ponto no diagrama.
No dia 8 de dezembro de 2018 aconteceu, no bairro do Rio Comprido, a intervenção urbana “A RUA FALA” desenvolvida a várias mãos. As parcerias criadas entre o movimento BAIXO RIO, o Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROURB/UFRJ) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ) foi essencial para que o evento fosse um marcante acontecimento no local, promovendo, de forma participativa, a ativação da região.
A intervenção aconteceu em um sábado na rua adjacente à Praça Condessa Paulo de Frontin, que foi fechada para carros durante todo o dia. A praça recebe, todos os sábados, uma feira de artesanato e culinária típica local. A escolha do dia de atuação foi proposital, e contou com muitos passantes e frequentadores da praça.
“A RUA FALA” foi uma intervenção urbana desenvolvida pela turma da disciplina Oficina de Projeto I, do curso de Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística do PROURB. A ação consistiu em uma pintura de piso, desenvolvida com estêncil e tinta lavável, para criar um grande caça-palavras contendo palavras que representam sentimentos, características, ações de melhorias e pontos positivos do bairro. Além do caça-palavras, foram criados espaços de estar com cadeiras de praia e uma estrutura para exposição dos trabalhos elaborados por estudantes do Ateliê Integrado 2 da UFRJ, além de algumas propostas elaboradas por estudantes da PUC-Rio, UVA e UERJ. O uso da rua como área de estar e extensão da praça foi decisivo para a apropriação do espaço pelos moradores e usuários da região. O projeto buscou, de forma pontual, mostrar novas e diferentes possibilidades de uso da cidade pelas pessoas.
Nos dias 18 e 19 de novembro de 2018 foi a vez do Rio de Janeiro sediar uma intervenção de Urbanismo Tático, o Rio + Pedestre, cujo principal objetivo foi aumentar a segurança do pedestre e reduzir a velocidade dos veículos, proporcionando um local mais seguro para o trânsito e permanência de pedestres. A iniciativa partiu do ITDP em parceria com a Prefeitura do Rio, apoiados pela Cite Foundation.
A intervenção ocorreu no entorno da estação do metrô São Francisco Xavier, na Tijuca, e contou com diversos colaboradores e voluntários para preparar o espaço, promover integrações e coletar dados e relatos da população.
As áreas apropriadas pela intervenção foram áreas públicas de estacionamento, paradas de ônibus, áreas residuais junto às esquinas, praças e faixas de pedestres, de forma a redesenhar as vias com dimensões e raios adequados, ampliar as áreas de pedestres e as faixas de travessia.
Nos dias que antecederam a ação, foram realizadas coletas de dados e contagens, com a colaboração de voluntários, para reunir informações e adequar a ação à demanda. Encontros para discussão de ideias foram realizados nos dias 13 e 14 de setembro, concomitantemente com uma capacitação de motoristas de condução pública, buscando a sensibilização para com as transformações temporárias.
O LabIT-PROURB estava entre os parceiros que auxiliaram no preparo do local e nas ativações urbanas, colaborando com ideias para pintura de piso e ocupação dos novos espaços, além de colaborar na própria montagem da intervenção. Diversas interações foram propostas ao transeunte, e a participação de todos foi importante para o desenvolvimento e análise dos resultados. A área de intervenção, onde a equipe do LabIT-PROURB trabalhou, se localiza em frente à entrada principal da igreja de São Francisco, e contou com diferentes dinâmicas. O espaço planejado pela equipe contou com mobiliário temporário, como pallets, cadeiras de praia e guarda-sóis, onde o uso era coletivo e aberto para todos os transeuntes. Duas perguntas foram penduradas na grade da igreja, buscando uma interação com os passantes:“dê a sua opinião” e “o que você quer aqui?”. Papéis coloridos foram distribuídos, e as pessoas tiveram a oportunidade de deixar suas opiniões e ideias penduradas, simulando um muro de desejos.
Uma série de pinturas, com a utilização de estêncil e tinta vermelha, foram realizadas pelos integrantes do LabIT: pegadas e patas sugeriam a utilização, por pedestres e animais, de um local antes apenas destinado a veículos; algumas frases instigaram a imaginação, como “imagine uma árvore aqui” ou “olhe ao redor”.
Ao longo dos novos espaços aconteceram performances de dança, música e atividades como uma oficina de crochê. Foi um domingo de muita atividade na região.
Entre os dias 8 e 11 de novembro de 2018 o LabIT-PROURB participou do II Encuentro Placemaking Latinoamérica – México 2018. Foi uma semana de intensa troca de experiências entre ativistas de toda América Latina. A Coordenadora do LabIT-PROURB, a arquiteta Adriana Sansão, apresentou uma “Charla Relámpago” sobre as experiências de ativação do Campus da UFRJ, com a proposta do Pavilhão Tornado, no auditório do Huerto Roma Verde.
Além de conferências e apresentações de trabalhos, o evento contou também com intervenções espalhadas pela cidade, que puderam ser vistas por meio de visitas guiadas com seus respectivos autores.
Em 2019 o evento será em Lima. Já estamos ansiosos!
Entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro de 2018, na FAU/UFRJ, ocorreu a oficina Inflável na Biblioteca da FAU, na qual 50 estudantes, sob orientação das professoras Adriana Sansão e Ayara Pérez(FAU/UFRJ) e do artista plástico Sergi Arbusà, do coletivo Penique Productions, produziram uma intervenção no espaço que abrigou a biblioteca Lúcio Costa, no mezanino da Faculdade. A ação efêmera ficou aberta à visitação durante 3 dias, sendo palco das mais diversas apropriações e provocando reflexões e sensações nas pessoas que participaram da ação. A obra, construída apenas com plásticos, fitas adesivas e ar, aderiu às superfícies do mezanino da FAU e produziu uma grande transformação de luz e escala nesse local.
A oficina
A Oficina teve a duração de 3 dias. No primeiro dia, sexta-feira, os estudantes selecionados assistiram à palestra de Sergi Arbusà, familiarizando-se com a obra do artista e com seu processo de montagem. Após a palestra, os participantes foram divididos em 3 grupos, cada um ficando responsável pela montagem das superfícies “piso”, “parede” e “teto” do inflável.
No sábado, segundo dia de montagem, as três superfícies começaram a ser fechadas e o inflável começou a tomar forma. No final do dia, o inflável já estava todo montado e posicionado no lugar em que seria inflado. Em uma dinâmica de grupo na forma de brainstorming, os estudantes escolheram o título da intervenção – Ex.Vazio- e produziram um texto de apresentação da obra.
Na manhã de domingo, último dia de montagem, o plástico começou a ser inflado. Conforme o Ex.Vazio ia sendo preenchido de ar, os participantes se intercalavam para fazer os últimos ajustes, como a construção dos pilares e a distribuição uniforme do plástico nas superfícies. Após o espaço estar bastante inflado, foi aberta uma porta para visitação.
O dia terminou com uma conversa dentro do inflável, onde as experiencias com a montagem foram compartilhadas.
A obra
As visitações ocorreram entre os dias 3 e 5 de setembro de 2018. Os estudantes participantes da montagem foram divididos em turnos, de forma a atender o público visitante, responder perguntas e registrar o movimento.Na terça feira, dia 4, o inflável participou do evento de aniversario de 73 anos da FAU, onde um grupo de dança contemporânea da UFRJ realizou uma performance. Durantes os dias de visitação, mais de 1300 pessoas registraram sua passagem no livro de presença, e mais de 400 participantes deixaram relatos sobre suas impressões em relação ao espaço proposto.
Os visitantes usufruíram do espaço das mais diversas formas: lanchando, lendo, tirando fotos, pintando e desenhando. Aulas foram ministradas em seu interior e o inflável fez parte do dia a dia dos estudantes e demais pessoas que aproveitaram a presença efêmera dessa arte no edifício Jorge Machado Moreira.
“O espaço que abrigava a Biblioteca Lucio Costa sofre uma degradação paulatina desde 2016. Nós acompanhamos esse processo, negligenciando sua potência arquitetônica. A intervenção surge para provocar a reflexão sobre a ressignificação e reocupação desse lugar tão caro à comunidade da FAU-UFRJ. Essa ação efêmera revela um vazio que se preenche de ar. Como tornar esse espaço um ex-vazio?”
Esse foi o questionamento que deixamos para todos que visitaram o espaço.
No dia 23 de junho de 2018, o LabIT realizou a intervenção #SouPedestre em alguns bairros das cidades do Rio de Janeiro e São Gonçalo. A proposta se baseou na impressão, por meio do uso de estêncil, da hashtag #SouPedestre em locais de conflito no espaço público, tais como calçadas estreitas e faixas de pedestres, barreiras visuais como postes e fradinhos, ou mesmo locais que tornam o espaço público vulnerável, como muros cegos e tapumes.
A ideia foi de impactar os transeuntes, para que, ao se depararem com a mensagem em locais estratégicos, reflitam sobre a qualidade dos espaços produzidos na cidade. A intervenção é um protesto contra a desumanização dos espaços públicos de uso dos pedestres, cada dia mais esquecidos, reduzidos ou mal cuidados.
A intervenção foi realizada, simultaneamente, em vários bairros da cidade. Cada integrante do Laboratório realizou a intervenção no seu bairro de moradia e cercanias, criando uma intervenção em rede. Os bairros que sofreram intervenção foram: Flamengo, Laranjeiras, Cosme Velho, Tijuca, Jacarepaguá e Leblon, além do bairro Boa Vista na cidade de São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro).
Essa distribuição também gerou diferentes interações dos participantes da intervenção com os transeuntes, que, em alguns casos, apoiaram, e em outros, agiram com desconfiança, dependendo do bairro onde se encontravam. A intervenção contou com a participação dos estudantes Bruno Caldas, Dhoyene Assumpção, Bianca Navega e Lara Liberato, da arquiteta Gabrielle Rocha e dos professores Adriana Sansão, Joy Till e Fernando Espósito, além de amigos e colaboradores.
O portfólio do LabIT-PROURB já está no ar! O livreto está divido em 4 seções: – Quem somos nós: apresentando a equipe LabIT e nossa trajetória até aqui. – Cartografia: mapeamento das intervenções temporárias e ações de urbanismo tático que estão acontecendo ou que já tenham ocorrido no Rio de Janeiro – conteúdo na íntegra no site intervencoestemporarias.com.br. – Intervenções: uma amostra de algumas intervenções produzidas e executadas pelo LabIT, em parceria com outros coletivos, e seus impactos na cidade. – Difusão: um compilado com as publicações geradas pelos integrantes do LabIT sobre os temas tratados nas pesquisas do Laboratório.
E foi dado início à nova edição da disciplina Arquiteturas (in)Úteis: Intervenção temporária, geração e fabricação digital, parceria do PROURB-FAU/UFRJ com a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa e com o Parque Tecnológico da UFRJ.
Que venha mais uma intervenção para ativar o Campus do Fundão!
No dia 25 de novembro de 2017 realizamos a intervenção “Casa da Mãe Santana”, fruto da II Oficina de Intervenção Temporária, organizada pelo Laboratório de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT-PROURB) em parceria com o Instituto de Arte Tear.
O Tear promove anualmente a Festa da Rua, de forma que, um dos objetivos da oficina foi a produção de uma intervenção temporária que pudesse dialogar com a edição de 2017 da festa, que aconteceu no Campo de Santana intitulada “Rio de Histórias a Céu Aberto”.
Durante os debates e estudos realizados na Oficina, entendeu-se que a área do Campo de Santana funciona como lar/abrigo/casa, seja para a diversa fauna que lá existe, seja para o grande número de moradores de rua que ali permanecem, tendo o local como um oásis, um raro refúgio de paz em meio ao caos do Centro da cidade do Rio de Janeiro. Assim, foi escolhido Casa da Mãe Santana como título da ação. Outro ponto tocado nas discussões foi a violência e a insegurança que os cidadãos sentem em determinados espaços públicos, e de como isso limita a exploração e a vida na cidade.
Dessa forma, a intervenção contemplou três frentes de ação:
O acesso/grade
Como forma de receber os visitantes da “casa”, uma grande cortina de barbantes vermelhos, com pequenos guizos nas pontas, foi instalada no portão do Campo, voltado para a Rua da Alfândega. Os guizos funcionaram como pequenas campainhas sinalizadoras de que as “visitas estão chegando à Casa”. Um grande tapete, também vermelho, contendo repetidamente a inscrição “Bem-Vindo”, completou a intervenção nesse ponto.
Na grade próxima à entrada, na parte externa do Campo, roupas recolhidas para doação foram penduradas com cabides e organizadas por cores. O ato remete ao uso das grades pelos camelôs da região próxima à Avenida Presidente Vargas, o que levou muitas pessoas a acreditarem que as roupas estavam à venda, surpreendendo-se com a gratuidade das mesmas.
A trama
Foram produzidas duas tramas em barbante vermelho.
A primeira, localizada próxima à entrada da Rua da Alfândega, foi desenvolvida como consequência das discussões sobre as limitações urbanas. A trama ocupou, quase de ponta a ponta, um dos caminhos que levam ao interior do Campo, deixando somente uma pequena fresta para passagem. Sua instalação e localização, juntamente com os dizeres “Como a cidade te limita?”, despertaram curiosidade nos passantes. Fixadas à trama, algumas manchetes de jornal e dados sobre espaços públicos do Centro do Rio provocavam interações com o público, que foi incentivado a responder perguntas sobre as limitações da cidade e sobre como as mesmas podem ser superadas. As respostas do público foram fixadas à trama, preenchendo aos poucos a intervenção nesse ponto.
A segunda trama foi posicionada de frente para o acesso do Campo, voltado para a Avenida Presidente Vargas, local de intenso movimento. A mesma consistia em uma enorme cama-de-gato, cujo objetivo era chamar a atenção de quem por ali passava, convidando para o jogo de tabuleiro criado no local.
O jogo
Com o objetivo de proporcionar uma maior exploração do Campo e a percepção de seu entorno, foi criado um jogo de tabuleiro, como uma caça ao tesouro. No jogo, 5 cômodos da casa (sala, banheiro, quarto, cozinha e área de serviço) foram instalados em 5 pontos internos e externos ao campo. Mapas com a localização dos cômodos foram distribuídos, indicando as atividades que deveriam ser cumpridas. Os cômodos foram delimitados por um carpete, cada um de uma cor. Quando a atividade era cumprida, o mapa do participante ganhava um selo com a mesma cor do carpete do referido cômodo. Com essa logística, não havia uma ordem obrigatória a ser seguida. Mediante as cinco atividades cumpridas, o participante ganhava um prêmio: um pequeno troféu feito de madeira em forma de cutia, como referência aos animais que habitam o Campo de Santana.
As atividades de cada cômodo:
Sala: posicionada em um ponto estratégico, de grande fluxo e com visadas de três lugares específicos, a sala continha três cadeiras e três molduras, onde constavam três charadas. As respostas das charadas eram os citados três lugares que deveriam sem percebidos e enquadrados pelas molduras: o relógio da Central do Brasil, a Igreja São Gonçalo Garcia e São Jorge e o próprio Campo de Santana. Como complemento ao ambiente de sala e como referência às antigas brincadeiras de criança, foi também colocado um telefone de lata.
Banheiro: posicionado em um ponto de grande fluxo, próximo a um dos lagos do Campo, o banheiro consistia em um microfone com fitas metálicas penduradas, remetendo ao termo “cantando no chuveiro”. A tarefa foi cantar uma música que contivesse na letra algum elemento do Campo: “pavão”, “árvore” e “bichos”.
Quarto: posicionado de frente para a entrada do Campo, voltada para a Avenida Presidente Vargas, o quarto consistia na já mencionada cama-de-gato. A atividade a ser cumprida era atravessar a mesma, evitando esbarrar nos fios. Muitos transeuntes brincavam espontaneamente, sem saber que a cama fazia parte de um jogo.
Cozinha: posicionada na grade, na parte externa do parque, ao lado das roupas penduradas, a cozinha era formada por um jogo da memória, composto de 12 pequenas fôrmas, em cujas partes internas constavam 6 diferentes imagens de ícones do Campo. Assim, a tarefa do cômodo era identificar os 6 pares de imagens.
Área de Serviço: posicionada na mesma grade, a área de serviço englobava parte das roupas já penduradas, tendo como tarefa a procura de um bilhete com uma mensagem dentro dos bolsos. Ao encontrar algum bilhete, o participante era convidado a escrever uma mensagem em outro papel e colocar dentro do bolso de alguma outra roupa.
A intervenção atraiu cerca de 300 pessoas, das quais centenas atravessaram a cortina, 70 interagiram com a trama e 60 participaram do jogo e arremataram a cutia. Foi uma manhã memorável.
Em julho/agosto, o LabIT participou do primeiro “Concurso de Inovação Urbana Cidadã”, uma chamada de ações proposta pelo anual “Encontro de Inovação Urbana Cidadã – Placemaking Latinoamérica”. O encontro este ano tem como tema “A Reconquista do Espaço Público”, e acontecerá em novembro, na cidade de Valparaíso, Chile. A chamada para ações propunha a criação de espaços/intervenções lúdicas e temporárias em alguns pontos da cidade já fornecidos, cada um com condições completamente diferentes entre si. As propostas deveriam promover a interação, a inclusão social, o sentimento de pertencimento, além de novos olhares sobre os espaços apresentados. Alguns projetos enviados foram selecionados para serem construídos e apropriados durante o encontro. A equipe do LabIT se dedicou à elaboração de uma proposta para o concurso. Foi escolhida a parte debaixo da Puente Errázuriz como local de intervenção, por ser um espaço de frequente movimento, já que em seu entorno se encontram diversos pontos de acesso ao transporte público, como ônibus e metrô, além da PUC de Valparaíso. Devido a este fluxo, que condiciona a percepção de quem ali transita, a proposta desenvolvida abordou de forma lúdica, a relação entre o caminhar e os sentidos. A proposta foi nomeada como Atajo!, ou, em português, Atalho!, uma provocação através da inversão de sentido da palavra. A vida cotidiana em meio à cidade apressa nosso caminhar, diminui a percepção do que acontece ao nosso redor e reduz a percepção sobre nós mesmos em meio ao caos, mecanizando nossas ações. A esplanada embaixo da Puente Errázuriz é lugar de passagem, de fluxo, de movimento, de não-apreciação da cidade por seus habitantes. Não se olha, não se percebe. Só se passa. Atajo! é a reversão desta situação tão corriqueira através da desconstrução do caminhar cotidiano embaixo do viaduto. Atajo! é a exploração e o estímulo dos sentidos materializados em um percurso labiríntico, como um grande jogo. Se um atalho, em sua essência, corta caminhos e reduz percursos, nosso Atajo! propõe um corte no caminho cotidiano que, ao contrário do sentido original, propicia um percurso maior e mais carregado de significados e de sensações. Atajo! é este jogo em forma labiríntica, constituído por 8 caminhos, nas quais há a exploração dos sentidos. Os 2 primeiros caminhos estão localizados em seus dois extremos, voltados para os pontos quase tangenciais à calçada, podendo tornar-se chamariz para os transeuntes. Estes caminhos são neutros, proporcionando a imersão e a transição do usuário do cotidiano para a intervenção. A partir dali, as pessoas confrontam diferentes possibilidades de caminhos, agora relacionados às sensações. Os sentidos trabalhados nestes 6 caminhos são: VISÃO, TATO e AUDIÇÃO, através de um caminho multicolorido, possibilitando certa confusão visual; de um caminho espelhado, possibilitando a sensação de amplitude espacial; de um caminho tomado por cordas amarradas verticalmente, possibilitando a interação corporal inteira; de um caminho com suas paredes perfuradas, com sinos presos em algumas de suas aberturas, possibilitando interação visual interior-exterior e estímulo à audição; de um caminho constituído por material emborrachado em cor vibrante preso às suas paredes, possibilitando a interação tátil-visual; e de um caminho com pregos e linhas presas em suas paredes, possibilitando ao usuário amarrá-las de diferentes formas.
No dia 21/09/2017 foi inaugurado o Pavilhão Tornado, resultado do desdobramento da disciplina eletiva “Arquiteturas (in)Úteis: Intervenção Temporária, Geração e Fabricação Digital”, uma parceria entre a FAU/UFRJ e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, com apoio do Parque Tecnológico da UFRJ. A disciplina foi uma ação conjunta de dois Laboratórios do PROURB-FAU/UFRJ: Laboratório de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT) e Laboratório de Modelos e Fabricação Digital (LAMO 3D), coordenada pelos professores Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques.
Os estudantes foram desafiados a articular os temas das intervenções temporárias e superfícies regradas visando à construção de um lugar de permanência no Parque. Após a apreensão detalhada do contexto urbano, os estudantes trabalharam em grupos na concepção e geração de formas a partir de programação visual utilizando os programas Rhino e Grasshopper apoiados por modelos físicos e fabricação digital.
A proposta escolhida para a construção desenvolveu um pavilhão de permanência para os funcionários do Parque Tecnológico e visitantes, utilizando o espaço livre abundante e subutilizado do local. Como resposta às características específicas do espaço, a estrutura ocupa uma localização convidativa, o ponto do terreno mais próximo à entrada do Parque e conectado visualmente às suas áreas de maior atividade, oferecendo locais para sentar e interagir. O pensamento que originou a geometria partiu da rotação de dois quadrados, girados em sentidos opostos e com rotações incrementais, explorando técnicas de superfícies regradas. O resultado da dupla rotação intercalada de cada quadrado forma uma geometria com aparência retorcida, que, apesar de retilínea, forma também uma imagem orgânica, especialmente em sua parte interna. A construção está proposta a partir de sarrafos de 4cm x 8cm com 3m de comprimento.
Autores: Ana Moreno, Fernanda Lobianco, Gabrielle Rocha, Isadora Tebaldi e Ronaldo Lee. Colaboradores: Aurélio Wijnands, Igor Machado, Lais Kaori e Loan Tammela.? Orientadores: Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques.
Seguem algumas imagens da construção e do pavilhão pronto:
No dia 10 de maio de 2017 realizamos a apresentação final do primeiro módulo da disciplina eletiva “Arquiteturas (in)Úteis: Intervenção Temporária, Geração e Fabricação Digital”, criada a partir de uma parceria entre a FAU/UFRJ e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, com apoio do Parque Tecnológico da UFRJ. A disciplina, ministrada por professores dos laboratórios de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT, com a participação de Adriana Sansão) e de Modelos e Fabricação Digital (LAMO, com a participação de Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques) visa como produto final a elaboração de uma estrutura temporária no Parque Tecnológico a ser construída pelos próprios alunos. De caráter multidisciplinar, a disciplina contou com a participação de estudantes da graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Belas Artes e Engenharias. As aulas iniciaram-se no mês de março com apresentações teóricas sobre os temas a serem abordados: intervenções temporárias (LabIT) e superfícies regradas (LAMO). Após este primeiro contato com os conteúdos, os estudantes e professores realizaram uma visita ao sítio de atuação, sendo guiados por membros do Parque Tecnológico, localizado na Cidade Universitária. O sítio apresenta-se como um terreno extenso, sem vegetação, sombreamento, elementos sentáveis ou locais de permanência. Por ser um local pouco frequentado, o projeto deverá servir de ponto de encontro e referência para os usuários que trabalham nas imediações, bem como para estudantes da UFRJ e visitantes.
Para melhor compreensão do contexto, os alunos dividiram-se em grupos e elaboraram vídeos de síntese que abordaram cinco aspectos: histórico do local, contexto / paisagem, fluxos / conexões, espaços livres e edifícios / tipologias. Nas aulas seguintes, a teoria e análises se uniram à prática projetual, sendo ministradas aulas sobre os programas Rhino e Grasshopper, focando na geração de formas a partir de superfícies regradas. Cada grupo de estudantes, de forma simultânea à exposição das definições, trabalhou na criação de sua própria intervenção para o sítio proposto. No decorrer das semanas os exercícios foram sendo aprimorados e se tornaram mais detalhados, com elaboração de modelagens 3D junto com maquetes físicas, detalhamento de encaixes e quantitativo de materiais, havendo constante consulta aos professores e trocas entre os grupos. A banca final consistiu na apresentação de cinco soluções projetuais aos professores da disciplina bem como aos representantes do Parque Tecnológico, seguida de comentários e críticas dos projetos.
Segue abaixo o resumo das propostas apresentadas:
Grupo 1 – Ana Moreno, Fernanda Lobianco, Gabrielle Rocha, Isadora Tebaldi e Ronaldo Lee
O grupo propôs um espaço de permanência para os funcionários do Parque Tecnológico, utilizando o espaço livre tão abundante e subutilizado do local.
Como resposta às características específicas do espaço, a estrutura ocupa uma localização convidativa, o ponto do terreno mais próximo à entrada do Parque. A forma escolhida foi a de um prisma de base quadrada rotacionado que, quando duplicado, cria uma espécie de abrigo onde é instalada uma arquibancada, gerando um espaço de convívio e contemplação para os usuários.
Grupo 2 – Arthur Camargo, Aurélio Marques, Isabela Correia, Maria Rúbia e Pedro Maia.
O grupo apresentou uma proposta de módulos flexíveis que permitem interação por parte do usuário. Os módulos criam situações espaciais distintas de forma a suprir as necessidades dos usuários, tais como sentar, deitar, relaxar, comer, conversar, participar de uma reunião, obter maior privacidade etc, oferecendo um mobiliário aberto a apropriações de cada atividade.
Para incentivar as pesquisas realizadas por estudantes da UFRJ, os integrantes do grupo escolheram um projeto realizado por um ex-aluno do Enactus UFRJ, Bruno Rezende, que criou um método de execução de coberturas vegetais baratas e duráveis, reutilizando materiais descartados, como banners e papéis. Dessa forma o projeto se envolve com a universidade e promove uma maior interação do Parque com o restante do Campus.
Grupo 4 – Anna Carolina La Marca, Letícia Bonatto, Luis Gustavo Araújo e Maria Eloisa de Jesus
O grupo foca na geração e fabricação de um estrutura com o intuito de ocupar vazios e ativar novos usos. Partindo da criação de coberturas e bancos, a proposta busca criar espaços de permanência, locais de sombra, encontro, descanso, trocas, sendo uma instalação que pode ser replicada conforme a demanda dos usuários e empresas.
Grupo 5 – Erika Toledo, Gabriela Wolguemuth, Igor Machado, João Panaggio, Marina Amaral e Raffaela Chinelli
A partir de módulos de diferentes formas, os estudantes propuseram uma estrutura flexível, de rápida adequação a diferentes situações, que pudesse ser amigável ao comércio, além de servir como espaço de leitura e descanso. Para se adequar a cada uma dessas necessidades, os módulos podem se mover segundo os desejos do usuário devido a trilhos instalados no gramado, democratizando o espaço e criando diversas possibilidades de apropriação.
Grupo 6 – Gabriela Medeiros, Laís Kaori, Letícia Martins, Paula Iglesias e Pedro Magalhães
O grupo baseou sua proposta em um estudo detalhado dos fluxos de pessoas no terreno, propondo um espaço de convívio que pudesse se adequar aos caminhos pré-existentes. Os principais objetivos do projeto são ativar a apropriação espontânea, criar dinamismo, flexibilidade, sensação de pertencimento e interação entre pessoas.
Para isso são criados 15 módulos que podem ser reorganizados segundo a necessidade do usuário. Cordas no ponto mais alto da estrutura fazem sua fixação no chão e ajudam a compor a forma, possibilitando o plantio de vegetação em sua cobertura.
O segundo módulo da disciplina se dedicará à fabricação da proposta escolhida em escala real, e será realizado na forma de um workshop intensivo para revisão do projeto, detalhamento, fabricação digital e montagem da estrutura no local.
2- Enviar histórico escolar para o e-mail lamo3d@fau.ufrj.br
Essa disciplina é uma parceria entre a FAU/UFRJ e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, com apoio do Parque Tecnológico da UFRJ. Realizaremos a atividade em paralelo aos nossos colegas portugueses, e trocaremos resultados via site da disciplina: ver http://arquiteturas-in-uteis.fa.ulisboa.pt/.
O objetivo é conceber, gerar/fabricar digitalmente e construir uma intervenção temporária no Parque Tecnológico da UFRJ.
O curso será multidisciplinar, contando com alunos de graduação e pós graduação em Arquitetura e Urbanismo, Belas Artes e Engenharias.
As inscrições vão até o dia 8/3, com início das aulas em 15/03. As aulas serão às quartas-feiras das 9:00 às 11:30.
Estamos abrindo SELEÇÃO DE BOLSISTA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL para o LABORATÓRIO DE INTERVENÇÕES TEMPORÁRIAS E URBANISMO TÁTICO (LabIT)
PROURB-FAU/UFRJ.
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Adriana Sansão Fontes
Selecionaremos bolsistas para participação na pesquisa no período da tarde, a partir do mês de abril.
INSCRIÇÃO: Enviar para o e-mail adrianasansao@gmail.com até o dia 06/03/2017 os seguintes documentos:
– Carta de motivação para participação na pesquisa (máx 1 lauda) – Currículo Vitae – Histórico – CRID – Identidade – CPF – Dados para contato (telefone e email)
As entrevistas serão realizadas na terceira semana de março.
No dia 09/12 encerramos as aulas da primeira edição da disciplina Urbanismo Tático e Desenho Paramétrico, oferecida pelo Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística do PROURB-FAU/UFRJ. Conforme já havíamos comentado aqui, a disciplina foi uma parceria entre o LabIT e o LAMO3D (Laboratório de Modelos e Fabricação Digital), através dos professores Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques, associação que resultou em ótimos trabalhos!
A eletiva oferecida teve como área de intervenção o Parque Tecnológico na Cidade Universitária. Os alunos dividiram-se em cinco grupos, cada qual com uma tática para se basear e intervir no espaço público. As táticas distribuídas entre as equipes foram: Horta pop-up, Comida incidental, Sinalização de guerrilha, Bicicletário informal e Bombardeio de assentos. As propostas foram desenvolvidas utilizando os softwares Rhinoceros3D + Grasshopper, resultando em concepções paramétricas criativas e passíveis de execução.
Abaixo apresentamos um resumo dos resultados:
Grupo 1 – Horta Ortogonal
Alunos(as): Douglas Santos, Erick Maiworm Bromerschenkel, Giordana Pacini, Hanna Nahon Casarini, Thais Moraes Passos.
Atualmente entende-se como tendência mundial a preocupação com o meio ambiente e qualidade de vida. Políticas de educação ambiental têm sido implementadas a fim de instaurar a construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades e consciência sobre o meio ambiente. Neste sentido, aliado ao urbanismo tático que visa ações de baixo investimento em curto prazo, foi possível desenvolver a estratégia da Horta Urbana, no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão.
Tendo como referência algumas iniciativas bem sucedidas de hortas urbanas, foi então desenvolvido o projeto “Pegue sua Muda”, cujo objetivo é semear a importância da aproximação do homem com a terra, criar responsabilidade ambiental através do entendimento do consumo consciente, produzir alimentos mais saudáveis e ainda, capacitar os cidadãos sobre o cultivo de hortas caseiras.
O projeto utilizou estrutura de andaimes, cuja forma e disposição dos módulos foi desenhada a partir de dois programas voltados para o desenho paramétrico. A escolha do andaime se deu por ser uma estrutura de fácil montagem, conferindo flexibilidade às formas; pelo baixo custo, já que as estruturas podem ser alugadas pelo período da intervenção e pela sua forma, que convida o usuário a entrar e participar da ação – ponto fundamental para o sucesso do Projeto.
A proposta é implementar um espaço em que sejam apresentadas diferentes ofertas de gastronomia internacional ao longo de um determinado tempo e que respondam aos indicadores da população estrangeira que frequenta o Parque Tecnológico e seu entorno, procurando integrá-la numa questão ativa-participativa. Os eventos gastronômicos podem contar com uma série de atrações, entre elas palestras sobre gastronomia/alimentos, ações culturais, música e bebidas artesanais.
Um chef ou convidados serão contatados para elaborar comidas tradicionais, de diferentes países, a cada semana. Para tal, uma das vagas do estacionamento próximo será destinada ao recebimento de uma unidade de food truck para elaboração dos pratos. Já a área de estar/alimentação ficará localizada na praça central entre edifícios (sendo um deles o restaurante Couve-flor). Para garantir versatilidade, funcionalidade, permeabilidade visual, integração social e conforto térmico aos usuários serão instalados quatro abrigos, cada um constituído por uma estrutura de varas de bambu que sustentam uma cobertura de tecido, além de contarem com assentos e mesas. A base destes mobiliários será fundamentada em uma estrutura metálica e seu revestimento em bambu, gerando uma linguagem de unidade. A disposição da cobertura e seu formato, foram desenvolvidos visando explorar maior área de sombra entre 11h à 14h, horário de almoço.
Grupo 3 – Olhos do Fundão (Sinalização de Guerrilha)
Alunos(as): André Turu, Carina Carmo, Isadora Tebaldi, Julia Figueiredo, Rodrigo D’Ávila.
A partir da herança da arquitetura modernista, o campus da Ilha do Fundão se configura como um espaço de grandes vazios, em que a escala das edificações se insere dentro da lógica do deslocamento pelo automóvel. É perceptível o grande distanciamento dos edifícios e dos núcleos de vivência, criando uma situação de desconforto e insegurança para os pedestres que circulam pelo campus. Tendo como referência a norte-americana Jane Jacobs, o presente trabalho propõe uma instalação temporária que resgata o sentimento de segurança para os pedestres deste espaço, através do conceito de “olhos da rua” usado pela autora como um atributo de proteção do meio urbano.
A intervenção temporária, situada no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, propõe a instalação de olhos mecânicos em áreas de pouca movimentação. A disposição destes olhos em postes e quinas de fachadas tem como objetivo que estes se abram a partir da captação do movimento de um pedestre próximo, acompanhando o seu deslocamento em rotação com o olhar dentro do campo de visão estabelecido. A instalação, modelada a partir dos softwares Grasshopper e Rhino, segue algumas definições parametrizadas, que alteram o número e tamanho dos olhos conforme a proximidade ou distanciamento de áreas de maior movimento do parque.
Vamos a la playa!
Alunos(as): André Turu, Carina Carmo, Isadora Tebaldi, Julia Figueiredo, Rodrigo D’Ávila.
A Ilha do Fundão é um local com diversas praias que, apesar de serem banhadas pelas águas atualmente poluídas da Baía de Guanabara, apresentam paisagens naturais com valor de contemplação. Entretanto, esses locais à beira-mar são pouco explorados e, até mesmo, pouco conhecidos pelos usuários da Ilha. A intervenção temporária ¡Vamos a la Playa! pretende proporcionar um momento de descanso e apreciação para estudantes e trabalhadores da Ilha do Fundão, indicando o caminho mais próximo à praia.
Tendo como referência o histórico caminho da princesa Isabel na Rua Paissandu, no Rio de Janeiro, que ligava o Palácio da Guanabara à praia do Flamengo através de um percurso marcado por palmeiras imperiais, o aplicativo criado desenvolve, através da realidade virtual, um caminho de palmeiras que conduz o usuário até a praia. Para isso, são dispostas sinalizações no chão que incitam o pedestre a um momento de relaxamento. Após escanear o QR Code sinalizado no piso, o aplicativo irá gerar, na tela do celular, um percurso de palmeiras que guiará a pessoa até a praia mais próxima.
1- Estrofe, anteposta ao início de um poema, utilizada pelos poetas como motivo da obra, que desenvolve a ideia sugerida pela estrofe.
2 -Assunto, tema de alguma coisa.
3- Palavra ou sentença breve que resume um ideal; lema, divisa.
[MOTO-CONTÍNUO] (ou perpétuo)
1- São máquinas hipotéticas que reutilizam indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento.
2- Em música, peça inteira ou partes extensas de uma peça musical que são repetidas (em geral, por um número indeterminado de vezes)
Ao cruzarmos a ideia do urbanismo tático, focado na estratégia do bicicletário informal, com a ferramenta projetual do desenho paramétrico, chegamos em uma ideia sintética de uma estrutura multiuso que possa se desenvolver, modificar e locomover continuamente, tendo como objetivo ativar o espaço público, incentivando não apenas o transporte ativo, mas estimulando novas formas de apropriação.
Do urbanismo tático buscamos a subversão do uso convencional de estruturas diversas, bem como a praticidade e economicidade na construção (tubos e conexões metálicas, braçadeiras e madeira de demolição/pallets), gerando novas apropriações práticas e lúdicas.
Do desenho paramétrico trouxemos a possibilidade formal e construtiva da forma modular e dinâmica que pode ser alterada a partir de parâmetros do entorno de cada nova aplicação (pontos atratores, intensidade de uso, área disponível).
Da conexão destes, sob o olhar do arquiteto, surge uma estrutura que pode ser o que o usuário precisa, banco, sombra, jardineira, brinquedo… e até mesmo um local pra prender sua bicicleta.
Grupo 5 – Bombardeio de Assentos
Alunos(as): Ana Clara Albuquerque, Ana Paula da Rocha Menezes, Candido Fagundes, Maria Elisa Vianna.
Seja para descansar, conviver ou simplesmente para ver o dia passar, a utilização de bancos (assentos) torna quase sempre uma rua muito mais interessante para o pedestre. Podemos também, com a utilização de assentos, recuperar um pouco do espaço que é dedicado quase na totalidade aos automóveis.
objetivo: melhorar o conforto urbano, a atividade social e o senso de lugar, ampliando a apropriação dos espaços urbanos.
escala: rua/quarteirão.
fato: é possível melhorar o dia a dia do pedestre tornando as ruas e calçadas mais convidativas, utilizando assentos para momentos de descanso e interação social.
Superfícies regradas: A partir do Rhinoceros + Grasshopper, podemos avançar na criação de formas e superfícies topologicamente contínuas. Não se trata mais de operar apenas sobre elementos geométricos como linhas e planos, mas sobre parâmetros submetendo-os a construção geométrica e espacial na atualidade.
No dia 29/11/2016 tivemos uma ótima conversa com os arte educadores do Instituto de Arte Tear. O grupo trabalha na formação e produção artística e cultural, com foco em crianças e adolescentes de escolas do Rio de Janeiro. O Tear também faz intervenções na rua! Que venham novas parcerias!
No dia 4/11 começaram as aulas da disciplina Urbanismo Tático e Desenho Paramétrico, oferecida pelo Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística do PROURB-FAU/UFRJ. A disciplina é o resultado da parceria entre o LabIT e o LAMO3D (Laboratório de Modelos e Fabricação Digital) do PROURB-FAU/UFRJ, através dos professores Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques. A disciplina tem como objetivo desenvolver propostas para ativação dos espaços livres do Parque Tecnológico da UFRJ através da abordagem do urbanismo tático conjugada ao desenho paramétrico. Em breve mais novidades!
Nos dias 7 e 8 de outubro de 2016 a arquiteta Adriana Sansão Fontes ministrou o módulo “Fundamentos da Efemeridade” do curso de Pós Graduação em Design e Arquitetura de Espaços Efêmeros, do Instituto de Educação Superior da Paraíba (DAEE/IESP). O módulo tratou das intervenções temporárias como ativadoras dos espaços públicos contemporâneos, e os estudantes foram desafiados a realizar intervenções táticas em pequenos espaços do centro histórico de João Pessoa explorando novas possibilidades para esses lugares.
Participaram do workshop 16 estudantes, que se dividiram em 4 grupos. Um dos grupos decidiu executar a intervenção, em vez de se restringir ao protótipo. Vejam o resultado:
O LabIT participou do concurso Designing Respect, que desafiou equipes a projetarem intervenções arquitetônicas, urbanas, performáticas e/ou organizacionais que promovam o RESPEITO entre as pessoas em meio à diferença.
As propostas foram expostas no Museu do Amanhã no mês de outubro de 2016, e a proposta do LabIT, Rua Fulana de Tal, estava lá!
Nos dias 8 e 9 de outubro de 2016 o LabIT colaborou, através da atuação da arquiteta Aline Fernandes Barata, da Vaga Viva do ITDP Brasil no festival de vida sustentável LivMundi, no Rio de Janeiro. O evento aberto ao público, organizado pela agência Mashup, colocou em discussão a temática da sustentabilidade e ofereceu diversas atividades em diferentes espaços entre o Jardim Botânico e a Gávea. A ocupação de duas vagas de estacionamento para realização da Vaga Viva nos dias do evento aconteceu no Espaço Fogo do LivMundi, na praça Santos Dumont, que também contou com uma feira de produtos orgânicos. A proposta da Vaga Viva foi evidenciar possibilidades de transformação no espaço urbano de maneira sustentável e de minimizar os desequilíbrios entre carros e pedestres nas cidades, ainda que temporariamente. Através de materiais reutilizáveis, a intervenção se propôs a demonstrar como espaços voltados para os carros são preciosos para as pessoas e podem se tornar atrativos para a permanência e encontro. A Vaga Viva também teve como objetivo promover um espaço de troca de ideias e convívio social, dando suporte para as outras atrações do evento.
No sábado 17/09/2016 realizamos o Park(ing) Day 2016: Pic Troca na Vaga. A proposta para esse ano foi um Picnic + Feira de Trocas, onde o participante foi convidado a
– trocar 1 Kg de alimento por uma muda de tempero
– trocar um agasalho por um livro
– trazer bebida e ganhar o copo com gelo
– trazer as crianças para aprenderem a plantar uma sementinha
– estimular os filhos a desenharem em troca de uma mudinha crescida
– emprestar a voz e ganhar plateia
– trazer comida e compartilhar na vaga
A intervenção foi capaz de estimular a interação entre os moradores e ativar a localidade por algumas horas. Em breve o vídeo da intervenção estará disponível em nosso canal do Youtube.
De 28/06 a 07/07, participamos novamente na pós- graduação em Design de Interiores do IED Rio, orientando o módulo: Intervenções – O doméstico no espaço público: a casa é a cidade.
Adriana Sansão abriu o curso com a palestra: O doméstico no espaço público. Na aula seguinte, Joy Till abordou o tema: Espaços físicos + virtuais, enquanto Bitiz Aflalo trouxe sua experiência profissional e acadêmica ao discutir o design de elementos urbanos em: Projetando ambientes no espaço da cidade.
Como nas edições anteriores, convidamos os alunos a conceituar ações voltadas à valorização dos espaços vizinhos, no bairro da Urca. Quatro interessantes propostas foram desenvolvidas, um pouco delas a seguir 🙂
O primeiro grupo trabalhou com a fachada oposta do IED, batizaram de Não abandone sua história. Fizeram entrevistas com os frequentadores do espaço e propuseram uma intervenção temporária composta por um grande tapete vermelho, com sensores por baixo que disparam neons subindo a fachada, em torno de detalhes arquitetônicos, de acordo com a passada do pedestre. Desta maneira, provocando as pessoas a atravessarem a rua e observarem a riqueza da fachada. Sugeriram que esta ideia poderia ser aplicada em outros imóveis históricos da cidade.
Janaína, Nathália e Taissa
Janaína, Nathália e Taissa
Já o segundo, propôs a Dots: um ponto, um poema, na área do ponto da van. A preocupação em tornar um espaço convidativo e acessível levou as participantes do grupo a pensar no Instituto Benjamin Constant, instituição vizinha que atende aos cegos e pessoas com visibilidade prejudicada. Pensaram em criar ali uma área de exposição com piso acessível e painéis em braile e em português.
O texto escrito é pintado com uma tinta com muito pouco contraste que permite ver de dia, mas não à noite, enquanto o em braile é tateável nas protuberâncias das lâmpadas de led, instaladas em orifícios nos painéis de compensado. E, à noite, o escrito em braile é iluminado pelos leds coloridos. Para os não cegos, há um alfabeto onde eles podem aprender a ler o poema.
Complementando a sugestão, o IED participaria oferecendo sua van para trazer os não videntes para conhecer e usufruir de um lugar acessível onde eles fossem os “privilegiados”.
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
Danielle, Natacha e Natalia
As alunas do terceiro grupo olharam para os pontos de ônibus da Urca, observando que são quase invisíveis, com apenas uma placa pequenina sinalizando. O Novo ponto de ônibus Praia da Urca foi baseado naquele bem próximo ao IED, marcado por duas belas árvores. A ideia foi uma grande cobertura em bambu fininho em todo o espaço entre as duas árvores, para proteção do vento e da chuva.
Além disso, uma superfície também de bambu sobe a mureta desce um pouco e forma um generoso deck sobre a água. Como os ônibus demoram muito, o conforto e proteção seriam muito bem vindos.
Adriana e Gabriela
Adriana e Gabriela
Fechando, a quarta equipe apresentou o Ora Bolas na pracinha da rosa dos ventos, próximo ao quadrado com os barcos. A ideia foi dar mais vida ao lugar, uma pracinha simpática, mas pouco utilizada. Observaram que por toda a volta da mureta as pessoas se sentam, namoram, tomam um chopp… mas que ali não. A instalação temporária através da “extrusão” da rosa dos ventos cria um banco em torno, de acrílico ou similar.
No fundo do banco existem bolinhas coloridas – como naquelas piscinas de crianças – com uma rede por cima, para que as bolinhas não se percam. O material da extrusão é composto de uma espuma rígida, para que as pessoas não se machuquem ao se divertir na piscina, e serviriam pra apoio de bebida, ou mesmo para sentar mais alto. Sugeriram uma parceria com um dos bares próximos para servir lá.
Entre 6 e 15 de junho, o LabIT fez mais uma participação na pós- graduação em Design de Interiores do IED Rio. Neste módulo que orientamos, tivemos também a excelente contribuição da professora/pesquisadora Bitiz Aflalo e convidamos os alunos a pensar em ações que pudessem valorizar espaços próximos ao instituto, no bairro da Urca. Desta vez, três foram os locais trazidos por eles.
No entorno imediato do edifício, tivemos as propostas ocuPRAIA, relacionada com a fachada voltada à baía, propondo a integração com os frequentadores da praia e a valorização da visibilidade do prédio e a Lado A Lado B Lado B Lado A, voltada para a entrada principal do instituto, trazendo a ideia da conexão com o outro lado da rua, em situação de abandono, e sua transformação em um espaço agradável de convivência.
Já na grande escadaria ligando duas ruas do bairro, o terceiro grupo trabalhou a Ocupação Escadaria – toda arte será apreciada, criando espaços de estar e pequenos palcos ao longo da subida, através de peças móveis, colocadas conforme a intenção de uso.
Seguem alguns registros das maquetes volumétricas desenvolvidas, parabéns à turma! Ótimas propostas, alunos super interessados e muito agradáveis!
Que venham outros encontros 🙂
com Camila Branco, Marina Romeiro e Isabelle Cassani
com Tatiana Teixeira, Nina Quintanilha Felinto, Talitha Gomes e Luiza Godoy
com Leticia Mayall Villani, Bebel França e Pedro Galaso
Entre os dias 3 e 6 de maio de 2015, o LabIT esteve presente no Workshop Urban Dialogues, em Belo Horizonte, através da participação da arquiteta Adriana Sansão. O workshop foi organizado pela UFMG e pelo British Council através do programa Newton Fund, iniciativa do governo britânico que visa promover o desenvolvimento social e econômico em locais de pobreza através de parcerias em ciência e inovação, e contou com a participação de 12 pesquisadores do Brasil e 12 do Reino Unido. Foi um excelente momento de troca de experiências entre jovens pesquisadores sobre temas atuais e relevantes das cidades contemporâneas. Esperamos que a parceria internacional dê muitos frutos!
Entre os dias 23/11 e 2/12 o LabIT realizou no IED-Rio um workshop com a finalidade de pensar intervenções temporárias para o bairro da Urca, levantando possibilidades para a transformação de seus espaços públicos de forma a estimular mudanças a longo prazo. Os estudantes selecionaram locais como o mirante da rosa dos ventos, a mureta e as ilhas de tráfego para pensarem soluções voltadas à permanência e à convivência do morador ou visitante, sempre incorporando soluções táticas, transitórias ou dinâmicas.
A foto em destaque mostra a proposta elaborada para a mureta, regularmente apropriada pela população para diversas atividades, como sentar, namorar, tomar uma cerveja gelada ou mesmo pescar. Atento a essas apropriações que disputam os espaços ao longo da mureta histórica, o grupo propôs a criação de estruturas de deck deslizantes, de vários tamanhos, “penduradas” sobre a água, ampliando a área dos pedestres e possibilitando uma relação mais direta com a baía.
No sábado dia 7/11/15 o Laboratório de Intervenções Temporárias (LabIT) realizou a intervenção #becomaravilha, com estudantes da FAU/UFRJ, EBA/UFRJ, PUC-Rio e Escola Padre Dr. Francisco da Motta (Morro da Conceição), sob orientação das Professoras Adriana Sansão, Aline Couri e Joy Till.
A intervenção foi uma proposta de apropriação e ativação da Travessa do Liceu, localizada próximo à Praça Mauá, entre o Edifício A Noite e o Morro da Conceição. Este “beco” é um espaço público que ficou esquecido após a revitalização recente da praça, dentro do contexto da Cidade Olímpica.
A intervenção trouxe para o local uma grande área de lazer aberta ao público, definida por uma cobertura-túnel que propôs a conexão da Praça Mauá com a subida do Morro. O letreiro #beco provocou um diálogo irônico com o letreiro da #CidadeOlímpica, convidando os passantes a conhecerem esse local oculto e pouco apropriado do centro. Três pórticos localizados em pontos estratégicos propuseram alguns enquadramentos da paisagem, chamando a atenção para problemas e potencialidades da região e do projeto implantado. Por fim, a intervenção ofereceu um pequeno espaço para shows e algumas áreas de estar, comércio e permanência para os moradores e usuários da zona portuária, além de algumas performances em vários pontos da região.
A iniciativa foi o resultado da I Oficina de Intervenção Temporária, realizada pelo LabIT em parceria com a Escola Padre Dr. Francisco Motta, no Morro da Conceição. A oficina teve como proposta o questionamento sobre a cidade e sobre o papel do cidadão nas suas transformações.
Na sexta-feira dia 18/09/2015 foi realizada nas imediações da Praça São Salvador a intervenção Park(ing) Day 2015 – Estação Árvore.
O Park(ing) Day é um evento anual em que cidadãos, artistas e ativistas transformam temporariamente uma vaga de carro em área de lazer, com o intuito de questionar o excesso de área mal aproveitada, exclusiva dos automóveis, que poderia atender melhor à coletividade.
O Park(ing) Day 2015 trouxe como tema a Estação Árvore: uma parada de riquixá (triciclo elétrico que transporta dois passageiros) que fez o transporte entre as estações de metrô Flamengo e Largo do Machado, equipada de sala urbana de convívio e trocas, horta e bicicletário. A parada, composta por uma grande cobertura-árvore, pretendeu substituir os carros por transporte público, bicicletas, sombra e verde. A Estação Árvore, como uma boa sala de espera, ofereceu música, livros e locais para sentar e relaxar, além de informações sobre o Park(ing) Day no mundo.
A intervenção foi uma realização do LabIT, organizada por Adriana Sansão, Aline Couri, Barbara Lapos, Fernando Espósito, Gabriela Bonifácio, Joy Till, Michael Linke, Rebeca Waltenberg e Rodrigo Bertamé. Apoio ITDP e Studio X-Rio.
É com prazer que iniciamos o nosso blog noticiando a Oficina de Intervenção Temporária que realizaremos a partir de 11 de setembro, na zona portuária da cidade. O curso de extensão é gratuito e tem carga horária de 30 horas.