A intervenção coordenada por Ronald Duarte ocorreu no auge dos conflitos entre facções do tráfico no bairro de Santa Teresa em 2002. Vinte e seis pessoas encheram os trilhos de bonde que cruzam o bairro com estopas e querosene, e atearam fogo. A ação realizada em conjunto é marcada pelo choque direto com o espaço da cidade, onde cada indivíduo responsável por um trecho é tão importante quanto o outro para o resultado total da obra, evidenciando uma forma de ação coletiva organizada, consciente e sem hierarquia, que é capaz de transformar. A intervenção expos outras ”linhas de fogo cruzado” no qual o bairro estava submetido, expresso pela reação das pessoas ao admirar, repulsar, protestar ou se constranger com a ação.