A intervenção realizada na antiga Estamparia Metalúrgica Victoria, na verdade, são duas. A primeira, Lâmina, de Luísa Nóbrega, é um experimento de separação da cabeça do corpo através da ‘guilhotina’, não de forma física, mas sensitiva, para aguçar uma percepção diferente do espaço e do próprio corpo. Já a segunda, Histórias Oblíquas, do artista Daniel de Paula, têm intenção de refletir sobre o uso do galpão que atualmente está abandonado e serve de estacionamento, em contraponto ao seu vizinho, a CADEG, que tem a mesma proporção e tamanho, mas a rotatividade e fluxos são completamente distintos. Ele também aborda a questão das transformações no Rio de Janeiro, a partir da imagem da palmeira imperial (objeto antigo) atravessada em uma caçamba de picape (objeto moderno), da mesma forma que a cidade de hoje está ‘escorada’ em seu passado histórico.