Intervenções Temporárias no Rio de Janeiro

Dogville

Vide Urbe é uma mostra itinerante de videointervenções realizadas por artistas individuais ou coletivos, com a proposta de usar a cidade como suporte e interface para suas artes. Convidado a participar da I Mostra Vide Urbe, Éder Santos optou por ressignificar Dogville, uma videoinstalação realizada em galerias e feiras de arte nacionais e internacionais. O vídeo, projetado em 2011 na fachada do Oi futuro de Ipanema, consistiu em uma sequência em loop de quatro cães domesticados que estão dentro de um limite que é evidenciado pelo toque dos cães sobre o vidro. O vídeo projetado causou empatia em grande parte do público mas também frustração em outra parte, que esperava uma relação mais crítica com a cidade, como a obra Fever, realizada anteriormente pelo mesmo autor. A obra Fever sofreu certa censura pelos donos do local em que a imagem era projetada ao medir a temperatura da cidade do Rio de Janeiro colorindo rosas brancas de vermelho com os dados estatísticos de casos de violência na cidade. Expor a imagem de cachorros carismáticos, “domesticando” os olhares dos passantes, na intervenção Dogville, foi de certa forma uma resposta às críticas anteriores sobre o discurso mais político da arte pública.

Para mais informações:

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Arte Pública
Intervenções de Arte Pública

LOCAL

BAIRRO

ANO

CONTEXTO

I Mostra Vide Urbe

ATORES

ESPACIALIZAÇÃO

SUPORTE

FREQUÊNCIA

DURAÇÃO

1
Dia(s)

TURNO

Noite

DATA

05/05/2011

Diagramas Axonométricos

Diagramas Axonométricos

Cada intervenção cadastrada possui em sua galeria um diagrama axonométrico ilustrando a composição de suas oito características formativas (pequena, transitória, particular, subversiva, interativa, ativa, participativa, relacional). No diagrama, cada característica conta com três níveis de intensidade, que aumentam do centro para as bordas, representando “pouco”, “médio” e “muito” relativo a cada característica. Cada intervenção pode ser lida, portanto, através da imagem resumo de tais características.

Em cada extremidade da figura geométrica consta a característica formativa da intervenção.

Pequena

O termo se relaciona diretamente ao tamanho da intervenção. Quanto menor a intervenção, mais externo será o ponto no diagrama.

Transitória

O termo se relaciona ao tempo de duração da intervenção. Quanto mais externo o ponto, mais transitória a intervenção, ou seja, menos tempo duração ela terá.

Particular

O termo se relaciona com o quão particular ao contexto é a intervenção. Quanto mais externo for o ponto, mais específica ao contexto será a intervenção.

Subversiva

O termo se relaciona à adequação da intervenção ao local onde é executada. Quanto mais inusitado o local em relação ao que é proposto na intervenção, mais subversiva ela será. Quanto mais subversiva, mais externo será o ponto no diagrama.

Interativa

O termo se relaciona à interatividade que uma intervenção tem com o público. Quanto mais interativa for a ação, mais externo será o ponto no diagrama.

Ativa

O termo se relaciona à ativação do espaço, resultante da realização de uma intervenção. Quanto mais a intervenção ativar o espaço, retirando-o de uma condição de passividade, mais externo será o ponto no diagrama.

Participativa

O termo se relaciona à participação de diferentes níveis de entidades na idealização e realização da intervenção. Quanto mais atores estiverem engajados na intervenção, mais participativa ela será, sendo mais externo o ponto no diagrama.

Relacional

O termo leva em consideração o quanto a intervenção coloca as pessoas em relação. Quanto mais relacional a intervenção, ou seja, quanto mais ela proponha a interação entre diferentes pessoas, mais externo será o ponto no diagrama.