Intervenções Temporárias no Rio de Janeiro

1º dia da Guerrilheira Urbana: mulher construindo cidade

O “1º Dia da Guerrilheira Urbana: mulher construindo cidade” foi parte de uma pesquisa acadêmica que propõe análise urbana e ações projetuais segundo a perspectiva de gênero, na qual a atividade serviu como instrumento metodológico em que mulheres colaboradoras puderam apropriar e empoderar espaços públicos. A ação aconteceu em duas ruas no Centro do Rio de Janeiro, que compõem trajeto percorrido por mulheres em direção a equipamentos do entorno, mas que se mostra um espaço inseguro. 

Com ferramentas recebidas no início da guerrilha, as voluntárias fizeram intervenções a partir da criatividade e espontaneidade para destacar pontos de insatisfação, como locais inseguros, calçadas estreitas, áreas mal iluminadas e ausência de travessias de pedestres, árvores e áreas de permanência. Entre os materiais usados estão fitas adesivas, tinta spray, lanternas, fios de led, barbante, adesivos, balões, giz e guarda-chuva. Os elementos foram utilizados para criar cartazes que questionavam a segurança do local, travessias de pedestres, murais de desejos e perguntas, abrigo de pontos de ônibus, alargamento de calçadas e delimitação de uma praça.

A ação de guerrilha teve como proposta subverter a lógica hegemônica e naturalizada de viver a cidade e revelar o lugar de guerrilheira urbana a todas as mulheres que resistem em um espaço que não lhes é adequado.

Para mais informações:

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Apropriações Espontâneas
Apropriações Espontâneas

LOCAL

BAIRRO

ANO

CONTEXTO

Trajeto cotidiano inseguro para as mulheres

ATORES

ESPACIALIZAÇÃO

SUPORTE

FREQUÊNCIA

DURAÇÃO

Minuto(s)

TURNO

Manhã

DATA

31/08/2019

Diagramas Axonométricos

Diagramas Axonométricos

Cada intervenção cadastrada possui em sua galeria um diagrama axonométrico ilustrando a composição de suas oito características formativas (pequena, transitória, particular, subversiva, interativa, ativa, participativa, relacional). No diagrama, cada característica conta com três níveis de intensidade, que aumentam do centro para as bordas, representando “pouco”, “médio” e “muito” relativo a cada característica. Cada intervenção pode ser lida, portanto, através da imagem resumo de tais características.

Em cada extremidade da figura geométrica consta a característica formativa da intervenção.

Pequena

O termo se relaciona diretamente ao tamanho da intervenção. Quanto menor a intervenção, mais externo será o ponto no diagrama.

Transitória

O termo se relaciona ao tempo de duração da intervenção. Quanto mais externo o ponto, mais transitória a intervenção, ou seja, menos tempo duração ela terá.

Particular

O termo se relaciona com o quão particular ao contexto é a intervenção. Quanto mais externo for o ponto, mais específica ao contexto será a intervenção.

Subversiva

O termo se relaciona à adequação da intervenção ao local onde é executada. Quanto mais inusitado o local em relação ao que é proposto na intervenção, mais subversiva ela será. Quanto mais subversiva, mais externo será o ponto no diagrama.

Interativa

O termo se relaciona à interatividade que uma intervenção tem com o público. Quanto mais interativa for a ação, mais externo será o ponto no diagrama.

Ativa

O termo se relaciona à ativação do espaço, resultante da realização de uma intervenção. Quanto mais a intervenção ativar o espaço, retirando-o de uma condição de passividade, mais externo será o ponto no diagrama.

Participativa

O termo se relaciona à participação de diferentes níveis de entidades na idealização e realização da intervenção. Quanto mais atores estiverem engajados na intervenção, mais participativa ela será, sendo mais externo o ponto no diagrama.

Relacional

O termo leva em consideração o quanto a intervenção coloca as pessoas em relação. Quanto mais relacional a intervenção, ou seja, quanto mais ela proponha a interação entre diferentes pessoas, mais externo será o ponto no diagrama.